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ponto
Ter um dia de folga em pleno expediente é algo novo e diferente do habitual.
Pensar que quando falava em ponto eletrônico a repartição até tremia de medo imaginando que era mais uma exigência descabida.
Um belo dia chega uma enorme caixa que pesava mais ou menos 10 quilos. Muito bem embalada, com recomendações de este lado para cima, destinado à nossa repartição e com aviso de que so seria aberta quando os técnicos, vindo da capital, estivessem presentes para a instalação.
Aquela caixa ficou na estante, à nossa frente, uns dois meses, até que o pessoal credenciado apareceu, exatamente no período em que os trabalhos estavam temporariamente suspensos em decorrência de afastamento para tratamento de saúde das servidoras.
Ver aquele instrumento sendo instalado cuidadosa e lentamente, um pouco pra direita e para cima, no melhor ponto de visão da sala com acesso a rede de computadores e todos à sua volta como se fosse a coisa mais importante e inovadora, foi no mínimo chocante.
Assim que os trabalhos terminaram fomos coletar as digitais de quem esteve presente e os ausentes, incluindo a estagiaria, só a fizeram um mês depois, com o retorno à normalidade do atendimento.
Meu desejo era que o instrumento tivesse um nome diferente do normal e tratei logo de batiza-lo como geny.valdo. Não é que o nome pegou e rapidamente todos passaram a chama-lo de genivaldo,( mania que temos de tratar carinhosamente nossas ferramentas de trabalho).
Hoje não só é conhecido pelo nome como também já está cotado para candidato na próxima eleição por ser eficiente, correto, legal, pontual e devolver o que é de direito do trabalhador.
Graças ao genivaldo que sabe contar o tempo corretamente e com tamanha precisão podemos desfrutar das horas excedentes sem risco de ter o ponto cortado ou repreensão por ter faltado ao trabalho. Salve o Genivaldo!
Esse é o cara que nos faz perceber quanto do nosso tempo dedicamos ao trabalho e nem damos conta. Vida longa ao Geny.valdo.